terça-feira, 12 de outubro de 2010
Max Stirner:
Max Stirner é o pseudónimo do pensador e filósofo alemão Johann Kaspar Schmidt, nascido em 1806, na Baviera, Alemanha.
Estudou na Universidade de Berlim de 1826 a 1828, onde foi aluno de Hegel e Feuerbach.
A partir de 1842 fez parte do círculo de intelectuais radicais "Jovens Hegelianos" que se reunia em torno de Arnold Ruge e Bruno Bauer. Foi nessas reuniões que Stirner conheceu Engels. Em 1845, publicou O Único e sua Propriedade, que escreveu durante o ano de 1844, e que é o resultado brilhante do hegelianismo chegado ao fim da sua corrida desenfreada e que o iria tornar famoso, transformando-o no teórico do anarquismo individualista.
O seu livro valeu-lhe a celebridade mas também o escândalo. Stirner definia-se como "único" e talvez o tenha sido na vertente de pensador radical mas original, com um espírito herético e libertário. O pensamento de Stirner no movimento anarquista teve uma influência marcada aquando da publicação da sua biografia pelo poeta anarquista John Henry Mackay, em 1888, onde divulgava o anarquismo individualista. Desde essa altura as suas teorias entusiasmaram alguns círculos libertários alemães e franceses. Stirner era um teórico da libertação total do indivíduo e considerava eficaz o assassinato de expoentes do Estado, como soberanos, presidentes da república, generais, etc. Por isto, foi amplamente criticado por Marx e Engels.
O seu livro O Único e a sua Propriedade era dividido em duas partes: a primeira parte intitulava-se "O Homem" e a segunda parte "Eu". Trata de um pensamento que se baseia numa luta contra todas as alienações, sobretudo contra a alienação do humanismo feuerbachiano, e de proceder às reapropriações. Para Stirner, revolução e revolta não devem ser tidos como sinónimos. A primeira consiste numa perturbação do estado de coisas existente, sendo assim um acto político ou social. A segunda, implica inevitavelmente uma transformação da ordem estabelecida.
Stirner não se opõe, porém, à organização do trabalho; julga, pelo contrário, que ainda se está a tempo de pôr termo ao regime da livre concorrência, sob o qual o homem, ávido de adquirir tudo o que o liberalismo pôs aos seu alcance, se tornou vítima de um materialismo desconcertante. A organização do trabalho permite ao homem consagrar menos tempo às exigências puramente materiais da vida.
Apesar de tudo, a sua vida foi marcada pela pobreza e pela tragédia, factores que certamente contribuíram para a elaboração de um pensamento que tem como conceito fundamental o indivíduo solitário. Morreu esquecido e na miséria aos 49 anos, a 25 de Julho de 1856.
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